sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Uma viagem ao passado

Olá, tudo bem com você?

Apesar do foco da Blogosfera FIRE é falar sobre investimentos, creio eu que um lazer de menor custo pode ser muito interessante para ajudar a nos manter focados. Afinal, são somos maquinas, precisamos de lazer, e a vida não é só fazer dinheiro, aportar e pagar contas.

Eu jogo games acredito que desde os 6 anos de idade, me lembro de bem jovem ir em uma fliperama de apenas 4 maquinas de uma senhora muito gente boa que existia na minha cidade, pedia algum dinheiro a meu pai, se não me engano ele me dava 1000 cruzeiros (última moeda antes do REAL)  e com isso comprava algumas fichas.
Eram basicamente assim: várias maquinas enfileiradas, jogava-se de até dois players, e a diversão comia solta.

Lá tinha uma máquina de um ninja, que tinha como objetivo subir em plataformas e jogar shurikens nos adversários, uma do Street Fighter 2, uma terceira que não me recordo e a que mais gostava, uma máquina das Tartarugas Ninja. Sempre curti esses jogos estilo "Briga de Rua" como costumávamos chamar.
Este era o Game. A Nostalgia domina.

Como era uma cidade pequena, de  cinco mil habitantes a época, e era início dos anos '90 (provavelmente '92) era natural uma criança de 6 anos andar 5 quarteirões sozinha, passando pelo centro da cidade para ir se divertir. Hoje, isso é impensável. " Que tipo de pais deixam o filho andar sozinho?" diriam.

Depois ganhei de meu pai um aparelho que tinha um jogo de helicóptero, acho que um Turbo Game (ainda não sabia ler para identificar o nome do aparelho) em que eu jogava em uma pequena TV de 10 polegadas preto e branco. Bons tempos.

Depois ganhei um ATARI 2600 do filho do dono do sítio onde morávamos. Ele morava em outra cidade, e a esposa dele tinha familiares de uma renda mais alta, então assim que lançou o SUPER NINTENDO, já compraram para os meninos, e entregaram o ATARI para que ele doasse. Eu fui o escolhido. Tive este game por uns 3 anos ou mais.
E este, senhores, foi o primeiro videogame doméstico a fazer sucesso. O famoso ATARI 2600!

Como meus pais sempre quiseram me ensinar o valor do trabalho, desde cedo, acredito que com os mesmos 6 anos ou menos, eu já tinha obrigações no sítio.

 Buscar os bezerros no mesmo horário todo dia, aos 7 anos tinha de debulhar milho para meu pai dar para as galinhas de manhã, aos 8 tinha de manter o curral e o chiqueiro limpos, quando o cafezal ainda estava em mudas, o que exige maior cuidado para não queimar as folhas, eu e minha mãe fazíamos o trabalho, eu colhia pimenta para vender ( e quase todas as vezes coçava o olho, normalmente MUITO LONGE da fonte de água mais próxima), cobrava os mal pagadores que ficavam devendo ovos e queijos para minha mãe, eu acabei juntando um dinheiro, e já com 11 ou 12 anos, comprei meu próprio SUPER NINTENDO. Depois daí todos os outros foram adquiridos por mim mesmo. Isso me ensinou a dar muito valor ao trabalho.
No começo debulhava milho na mão...

Depois em um desses, onde se coloca o milho por cima, se gira uma manivela
 e assim debulhava o milho bem mais rápido.

Lembro de um pseudo amigo, que indiretamente me acompanhou até a fase adulta, que sempre ia na minha casa ou para jogar, ou para me chamar para ir na locadora de games (para a galera mais jovem, era um lugar onde se tinha de 4 a 10 TVs com videogames variados, e você pagava por hora para jogar) com um detalhe interessante: era para EU pagar pela hora. Era meu amigo puramente por interesse né?

Eu sempre comprava o videogame anterior, por conta do preço. Se era o auge do SUPER NINTENDO, eu tinha um ATARI 2600. Se era o auge do PLAYSTATION, eu tinha um SUPER NINTENDO. Se era o auge do DREAMCAST, eu tinha um PLAYSTATION (que tive pouco tempo, depois posso fazer um POST contando o motivo).
Eram assim as Locadoras nos Anos 90/2000.

Já este amigo, ele sempre dizia que iria comprar o último modelo. Mas nunca comprava. Sempre era um projeto que nunca tirava do campo das idéias. Nunca começava. Então jovem, mesmo inconscientemente, aprendi que começar com algo é melhor do que ficar esperando o melhor momento, porque este pode nunca chegar.

Sinceramente gostei do Resultado deste post, fiquei com uma sensação gostosa de nostalgia.

Farei a parte dois no futuro.

E você? Como foi sua infância? Teve algumas semelhanças?

Deixe seu relato nos comentários, e vamos juntos curtir a nostalgia da juventude.

Continuamos nosso bate papo no próximo post. Até logo.

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