sábado, 26 de maio de 2018

Agiotagem e o Sistema Financeiro Legal


Olá Amigos de atitude milionária! Tudo bom?


Resolvi fazer este POST depois de ler os comentários de um artigo no BLOG do amigo O FILHO DO CHEFE falando sobre o ato de trocar cheques e/ou factoring não regulamentado.


Sim, de acordo com a nossa legislação, é crime. E como o amigo JARDINEIRO postou, desde a Roma antiga. Tenho minhas próprias opiniões e teorias sobre o assunto.

Na antiguidade, o Poder se encontrava nas mãos dos Reis, Imperadores e Religiões. E nem a Igreja e muito menos os Monarcas queriam seus súditos buscando uma melhora de vida, pois isso poderia significar se revoltar com o sistema vigente. A Igreja propagava a máxima de que “Se você nasceu filho de camponês, foi porque assim Deus quis, e querer outra coisa, é ir contra a vontade do Criador.”

Não sei se você acredita em uma Força Superior, eu particularmente acredito (te respeito e defendo seu direito de não concordar) e meu Deus quer o melhor de mim, me deu o Livre Arbítrio para tentar evoluir por conta própria, sendo eu mesmo responsável por meus méritos e falhas.

Então se um camponês acumula algumas moedas de Bronze, e as empresta a outros camponeses, trocando parte da produção desses (grãos por exemplo) como garantias, esse camponês com o tempo vai prosperar. Ensinando os filhos a continuar seu método, e esses ensinando a próxima geração, esta família pode se tornar Rica e Respeitada, talvez tendo mais influência, com o passar dos tempos, do que o próprio rei. E Reis querem ser absolutos.

Este é um pensamento completamente errado, pois a antiga Babilônia se tornou a cidade mais próspera do seu tempo, não por ter um rei que queria apenas ovelhas em seu reino, mas sim por ser um governante que estimulava a prosperidade em suas terras.
Resumindo: Usura era crime não pelas altas taxas (o que não existia, afinal inflação, fora dos períodos de guerra, praticamente não existia), mas sim pelo potencial de crescimento de quem a praticava, o que incomodava governantes e o Clero.

Isso hoje ainda é verdade, a menos que você tenha QI Duplo (Quociente de Inteligência e o famoso Quem Indica) para tem influência para conseguir as licenças para Operar como FACTORING ou FOMENTO MERCANTIL. Com o Carimbo certo do Governo você pode cobrar 500% ao ano, tomar a casa do cidadão e mesmo assim ele ainda ter dívidas e está tudo certo. Algo completamente legal. Vou demonstrar com dois exemplos reais, como o sistema financeiro não foi feito para ajudar o pequeno, e, sem nós, “Criminosos contra a economia popular”, menos empregos e impostos seriam criados.


Exemplo 1:

Um cliente, proprietário de uma pequena fábrica, presta serviços para outras empresas. Devido à concorrência, suas margens diminuíram muito. Só foi se dar conta disso, quando o caixa já estava baixo. A empresa continua produzindo, mas lucrando menos. Desfez de alguns funcionários, o dono colocou a mão na massa para economizar com mão de obra. Não foi o suficiente. Precisou de dinheiro. O Banco queria um imóvel próprio de garantia, coisa que ele não tem. O Carro, um SUV, não aceitaram devido ao risco (colisão, Roubo, Apenas esconder em caso de busca apreensão...), ele estava quase fechando as portas por falta de capital de giro, Desempregando 3 pessoas (os melhores funcionários, que manteve) a fonte de renda da família, porque, toda a renda vem da fábrica, e até colocando em risco o próprio casamento, afinal, sabemos que o segundo motivo de separação é relacionado a (falta de) dinheiro.

Na época, 2 funcionários dele eram meus clientes, para quem eu trocava cheques a vista, já que quando saiam do trabalho, os bancos já estavam fechados, e precisavam do dinheiro quanto antes.

Comentaram de mim, a quem ele procurou, contou sua história e pediu o dinheiro todo. Coisa que eu não tinha. Contei a história a minha mãe, que devido ao bom histórico do funcionário dele conosco (afinal, se o funcionário troca cheques regularmente, isso significa que ele paga em dia) Resolveu ajudar. Mas também não tinha todo o dinheiro. Propôs então a ele emprestar o suficiente para ele trabalhar na semana, e os vales(expliquei sobre eles no POST “Atualização Patrimonial”) que pegasse das outras empresas, passasse para ela, que serviriam de garantia do valor e prova que ele vendeu naquela semana, ela iria emprestando conforme pudesse, para tentar fechar o mês, e assim ele conseguisse fazer o negócio girar. Deu certo.

Graças a minha mãe, que nosso sistema financeiro intitula como “Usurária”, esta empresa ainda está viva (passou-se cinco anos desde o ocorrido), 3 pessoas não perderam seus empregos, e a família continua unida. 
É... Somos monstros.


Exemplo 2:

Este foi comigo mesmo. Fui montar o negócio (que fechei ano passado, conto sobre isso aqui) e pensei em montar tudo de uma vez. Procurei um grande Banco Estatal, afinal o governo tem interesse em aumentar a riqueza do país, Certo?

Precisava de 20K. Pediram uma garantia. Ofereci um imóvel da família, coincidentemente próximo dessa filial do Banco, como garantia. Valor de mercado à época: 100K. Quitada, IPTU em dia, tudo certinho. Me pediram R$5.000,00pela Hipoteca (Leia-se: um funcionário do Banco ir até o local olhar a casa) antes de aprovar o empréstimo.

OU seja, antes de colocar as mãos no dinheiro, já teria um ágio de 25%, fora os juros.
Desisti do empréstimo, fui trabalhando, economizando, e fui montando aos poucos. Deu trabalho, mas consegui. Muitos não tem a mesma sorte.

Duas empresas, que pagam impostos, geram riqueza, e até alimentam famílias, que se dependesse do nosso SISTEMA FINANCEIRO, não existiriam.

Eu sempre gosto de dizer que nada no mundo é Preto ou Branco. A vida é muito complexa para se definir entre 8 ou 80. Vivemos, na maior parte do tempo, no “Cinza”. Legal o suficiente para não ser preso, Ilegal o suficiente para ter lucro e não quebrar.

Claro que há exceções, mas prefiro trabalhar com a regra.

Há sim os Agiotas Criminosos, que ameaçam, machucam e matam, há os Colombianos que lotam as cidades brasileiras com juros astronômicos de 1% AO DIA(!), mas a maioria são pessoas que apenas querem fazer seu dinheiro trabalhar para elas, que devido ao pouco montante para aporte mensal, correm maiores riscos, buscando maiores recompensas.
Exemplo dos empréstimos com juros diários feito por Colombianos


Um Abraço, bons Lucros, nos vemos em breve.

A.A.

domingo, 13 de maio de 2018

O ERRO DE R$50.000.00 Parte 2

Olá Amigos de atitude milionária! Tudo bom?

Hoje termino a história do ERRO DE 50K, espero que tenha gostado da primeira parte.



Como meu poder de aporte aumentou, tinha mais dinheiro disponível, e uma coceira atrás da orelha de deixar ele parado na bunda de um banqueiro Poupança até aparecer mais cheques para trocar.

Pensando nisso, um dia, me veio o Insight de que a cada R$400,00 que eu “aplicasse”, aumentaria R$5,00 no valor para receber na semana seguinte. Também teve outro detalhe muito importante: ao emprestar por semana e não por Mês, mesmo com o combinado de 5%, que divido por 4 semanas dá 1.25%/semana certo? Errado. Você se esqueceu de utilizar os juros compostos. Emprestando semanalmente, ao invés de ter um aumento no valor final apenas com juros de 5%, eu tinha 5.94%. Um ganho de quase 18.8% superior. Nada mal.


Neste meio tempo, comecei a ficar insatisfeito com o trabalho. Não com o trabalho em si, mas sim com os clientes. Era um trabalho voltado para o público jovem, e como vocês devem ter notado, a educação, no sentido de boas maneiras e respeito para com o próximo, diminuiu muito nos últimos 10 anos. O Jovem manda em casa, já que os pais não podem repreender (vocês já foram jovens, sabem que só falar tem vezes que não adianta, e uma leve repreensão física se faz necessário [Tudo bem se descordar]), mandam na escola, já que quando os alunos não são aprovados, não é o aluno que é repreendido, e sim o professor, tanto pelos pais do projeto de meliante aluno quanto pelo Estado (EDUCAÇÃO CONTINUADA = sabe escrever o nome? Deixe chegar no 9° ano) que quando chegam (chegavam) no meu negócio, achava que seria assim também. Porém eu não montei negócio para ser mandado por alguém com menos da metade da minha idade.


Não, eu não tratava mau meus clientes, só que em todo comércio há regras. E eles se negavam a obedecer. Poderia funcionar na casa deles, aqui não.
Com isso meu gosto pelo trabalho foi diminuindo, e somando-se o fato do crescimento da renda passiva de mais de 5% ao mês, fui ficando cada vez mais decidido a fechar.

Vi que com 2K/mês eu me manteria tranquilo, Sobrando até um pouco para aportar. Tendo uma segunda fonte de renda para aumentar meus aportes (esta que se tornou minha principal hoje) não teria de aguentar trabalho chato com horário, aportaria e ainda ficaria tranquilo. Muito bom.

Comecei a concentrar cada vez mais recursos neste cliente, seguindo a estratégia do Livro, E quando eu estivesse com 70K, iria retirando aos poucos, para Construir no terreno citado na primeira parte.


Para não parar de aportar, decidi entrar com um amigo Construtor e Vendedor de Carros na parte de comprar carros em leilão. É um pouco arriscado, mas se o carro estiver com o motor em dia, se gasta pouco com uma reforma estética e se vende com um lucro legal. Se não, você faz o motor e vende com um lucro menor. Fiz as contas dos cheques que tinha em casa, e davam quase 10K. Resolvi acumular este valor e, com outros 10K do meu amigo, começar a trabalhar com os leilões. Nessa época, eu já recebia quase R$400,00/semana do cliente. Nem preciso dizer que o mundo parecia Cor de Rosa.

Nisso estávamos próximos do fim de ano de 2016.


Antes de continuar, quero esclarecer que não me achava tão inconsequente assim com meu dinheiro, por que, em minha análise, estava protegido. Como ia na loja sempre, já que era cliente, estava sempre atendo ao que ele vendia, a movimentação da loja, conversava com ele, com a mulher dele (afinal, caso ele morresse, ela seria a dona da loja, então deixava meus negócios com ele sempre a par com ela) aos negócios dele (outra loja, carros para revenda, sítio) e tudo indicava que ele estava indo bem. E o pior é que até na cabeça dele, estava mesmo. Continuando:



Decidi que realmente iria fechar meu negócio. Coloquei as coisas a venda. Não consegui passar o negócio montado, então fui vendendo em partes. Recebia pouco a vista, a maioria no cartão em 10x.

Meu celular estava começando a ficar ruim, daí peguei um novo nessa loja, troquei por 2 semanas de juros. Olha...Ainda bem.

Reveillon. Estava na casa de um tio da então namorada. Depois da virada, voltei para casa. Eu havia sido roubado.

Pior do que o sentimento de não ver suas coisas lá, é o de ver tudo revirado. Dá um sentimento de invasão, de insegurança. Meus pais longe, sem ter como vir antes do dia 3. A namorada, que já tinha planos em sua cabeça de largar, para enfraquecer os laços não foi lá passar nenhum dia comigo. Amigos, todos viajando, curtindo o feriado.

Como gosto de deixar as contas em ordem, havia em casa 2K em dinheiro vivo, para pagar os impostos de janeiro (tentei pagar no dia 28, mas o sistema só aceita depois do dia 1°) que foi levado. Pularam o muro do fundo, porém levaram todas as chaves da casa. Acredito que queriam voltar para roubar a moto também. Gastei R$200,00 trocando fechaduras. Sorte que havia recebido no dia anterior, (R$400,00) que estavam na carteira.

No dia 6 meu relacionamento se rompe, vai Messenger.


O cliente não pagou em dia. Havia outras pessoas para receber dele. Fui conversar com os outros credores. Ele estava se alavancando. Pegou dinheiro emprestado para comprar o sítio. Muita areia e pouca terra boa. Pegou emprestado para comprar uma loja no centro. O negócio não virou. O furgão dele, que estava lotado de Eletrônicos caros, havia sido roubado no início de novembro. Daí todo o castelo de cartas se desmoronou. Dos R$400.00, ele me passou só R$100,00.

Na outra semana, ainda não era o dia de receber, vi a loja fechada. E assim ficou por 3 dias. Abriu. Só a esposa e os funcionários se encontravam. Um agiota (no mal sentido da palavra, daquele que ameaça e cumpre, daqueles que dão má fama a todos que apenas tentam um rendimento melhor do seu dinheiro) havia ido cobrar, se desentenderam, O Cliente perdeu a cabeça, sacou uma arma e atirou para assustar (acredite, pela disposição dos móveis da loja, é improvável errar alguém até sair pela porta) e o cobrador se foi. O cliente caiu na real da merda que havia feito. Fugiu. Deixou a mulher na loja.


Nas outras 2 semanas, para ajudar, eu ia todos os dias receber. Às vezes R$100,00...Às vezes R$50,00...Mas sempre dava os R$400,00 combinados. Até que cheguei na loja, e havia outro dono. E várias pessoas revoltadas, todas credoras dele, empréstimo ou mercadorias. Até o novo dono, um rapaz gente boa, porém firme, a quem devia 90K, propôs passar a loja para quitar a dívida.

Eu me lembro que cerca de 2 meses antes ele havia me oferecido um terreno numa cidade vizinha pela sua dívida. Como o terreno valia 25K, e a dívida dele quase 40K, não aceitei. Ah se ele houvesse falado a real...

Descobri que o Cobrador estava planejando sequestrar a mulher dele, para descobrir o paradeiro, ou fazer com que ele se entregasse. E o Pior, já nem queria o dinheiro. Só vingança Pelo disparo.

Os cheques começaram a voltar. E a época, eu não segurava os cheques e depositava na minha conta. Eu os passava para fornecedores. Estava muito preocupado. Oque gelou minha espinha foi ver em um levantamento que fiz que os 12K em cheques que tinha, 10K eram clientes dele. Quando descobriram que ele havia fugido, cancelaram os cheques. Desses, 9K estavam nas mãos de fornecedores. Eu já tinha perdido 40K, tinha de comprar várias coisas para a casa, e ainda teria de criar mais 9K para cobrir os cheques, afinal, meus fornecedores não tinham culpa. Prejuízo 2 vezes.


E para fechar a conta: Lembra da namorada? Que não foi me dar apoio psicológico após o roubo e se separou 5 dias depois? Então...Tinha uma compra dela de R$500,00/mês por 3 meses no meu cartão, o qual na data combinada, Ela disse que não poderia pagar, pois o comércio dela estava indo mal.

Então, o prejuízo, apenas em dinheiro vivo foi de mais de 60K, fora os eletrodomésticos que fui obrigado a comprar de novo. Sou Grato a DEUS por não ter entrado em depressão neste período.

A lição é clara, mas vou frisar: DIVERSIFIQUE! Não importa o ramo que atue, DIVERSIFIQUE!

Que minha história sirva de alerta para que outras pessoas não cometam o mesmo erro.

E você? Que erros com dinheiro cometeu? Comente!

Grato Pela Leitura.

A.A.